Queensrÿche e Fates Warning
HSBC Brasil, SP/SP (14/04/2012)
Texto e fotos por Eduardo Archanjo
A noite paulistana deste sábado, 14 de abril, foi agitada por três grandes shows internacionais para o público Metal. Enquanto Sebastian Bach agitava o público hard em um lado da cidade, Obituary fazia as vezes para o público mais extremo em outro canto.
Em outra ponta da cidade, mais especificamente no HSBC Brasil, com o público tomando praticamente todas as dependências da casa, o metal progressivo dos americanos do Fates Warning veio ao palco para abrir o espetáculo com a presença mais que especial de Mike Portnoy no comando das baquetas.
Liderados pelos vocais de Ray Alder desde 87, as guitarras de Jim Matheos (único membro original da banda) e Frank Aresti, e ainda o baixista Joey Vera (ex- Armored Saint e Anthrax), a banda começou seu show com a música One do álbum Disconnected (2000) e repassou praticamente toda sua carreira em um show de aproximadamente 1h15 de duração.
Life In Still Water do álbum Parallels (1991) e a parte III do conceitual A Pleasant Shade Of Gray (1996) vieram logo a seguir. Aliás o álbum Parallels fez praticamente todo o set list final da banda com as músicas The Eleventh Hour, Point Of View, Monument e Eye To Eye tendo apenas a Through Different Eyes do álbum Perfect Symmetry (1989) no meio delas.
Mike Portnoy foi realmente um espetáculo à parte, roubando praticamente toda a cena e atenção, não só do público, mas por muitas vezes da própria banda.
Após o ótimo show que esquentou o público presente, aproximadamente às 23:30 o Queensrÿche veio ao palco para arrebentar como o próprio set list sobre o palco dizia em letras garrafais (Kick Fuckin' Ass).
O show que também faz parte da turnê comemorativa de 30 anos de carreira da banda começou com Get Started do seu último álbum, Dedicated To Chaos (2011). Apesar dos mais céticos dizerem que Geoff Tate não conseguiu atingir a mesma potência de voz que ele apresentou em 2008, na última passagem da banda pelo Brasil, o vocalista não só mostrou toda sua qualidade vocal com também deu um show à parte de interpretação teatral sobre o palco, mostrando todo seu carisma e respeito aos fãs.
Acompanhado pelas guitarras de Michael Wilton e Parker Lundgren, Eddie Jackson no baixo e Scott Rockenfield na bateria, Geoff entoou os grande clássicos da banda fazendo o público agitar e cantar junto com ele o tempo todo. No set list, composto por 19 músicas, não faltaram My Empty Room, Hit The Black, Silent Lucidity, The Lady Wore Black, Walk In The Shadows e finalizaram a primeira parte do show com a destruidora Take Hold Of The Flame.
Para quem estava sentido falta das músicas marcantes do álbum Empire - obra esta que deveria fazer parte da discografia de qualquer fã de metal -, a banda voltou para o encore com fantástica Jet City Woman seguida de Empire e fechando quase 1h45 de show Eyes Of A Stranger.
Alguns sentiram um pouco a falta de algumas músicas clássicas para uma turnê comemorativa de 30 anos, como por exemplo, Operation Mindcrime, mas mesmo assim o show não deixou de ser sensacional.
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