SEBASTIAN BACH
Carioca Club, SP/SP (17/04/12)
Texto e fotos por Luciano Piantonni
Fui conferir ao segundo show do cantor Sebastian Bach, que fez fama no inicio dos anos 90, por ter integrado o Skid Row. Assim como no primeiro (que rolou no sábado, 14 de abril), mesmo sendo uma terça-feira, o Carioca Club esteve lotado!
Em 1996, quando todos jogavam de tudo no palco do Skid Row (no Philips Monsters Of Rock), eu me indignava de como as pessoas eram ingratas diante de uma banda tão talentosa, e que tocava mais pesado que bandas como Helloween e Raimundos que, até então, tinham agradado – e muito – aos fãs daquela edição do festival. E pra quem não sabe, aquela foi a última apresentação de Sebastian com o Skid Row, que decidiu deixar a banda depois do fiasco daquele dia.
O mais engraçado de tudo isso é que, 14 anos depois, muitos dos que estavam lá, hoje idolatram o show do cara... Vai entender!
Por volta das 20:00, a banda Madjoker fez a abertura, tocando um hard rock com direito a covers de Metallica (Fuel) e Guns N’Roses (You Could Be Mine), com um certo exagero na performance, principalmente do vocalista que se mostrou caricato várias vezes, protagonizando cenas bizarras, quando por exemplo, girou o microfone com tanta intensidade, que até derrubou o pedestal – ao menos risos ele arrancou da galera...
Uma pausa para os ajustes finais e finalmente Mr. Bach iniciou seu show com Slave To The Grind, uma das mais pesadas da sua ex-banda, o que causou um frisson enorme na galera. O som estava perfeito e a iluminação, idem! Faz tempo que eu não via uma iluminação tão boa no Carioca!
Vale dizer que Sebastian Bach continua com a voz intacta, alcançando todas as notas com a maior naturalidade, como nos tempos do Skid! E sua banda consegue ser melhor que a anterior, com os dois excelentes guitarristas Nick Sterling e Johnny Cromatic, o baixista Jason Christopher e o baterista monstro das baquetas Bobby Jarzombek (Halford, etc.).
O show continuou intercalando músicas de sua carreira solo, com sucessos do Skid Row, o que foi uma grane sacada, pois agradou aos fãs de suas duas fases, sem soar cansativo, mantendo o pique da apresentação, como deve ser.
O público enlouquecia com músicas como Kickin’ & Screaming, Dirty Power, Here I Am, Big Guns, (Love Is) A Bitchslap,Stuck Inside e Piece Of Me. Sebastian, um verdadeiro frontman, brincava com os fãs, conversava bastante, e ainda mostrava “habilidade de coordenação motora” ao pegar objetos/presentes no ar, que eram atirados no palco.
Uma das baladas mais belas do Skid Row, 18 And Life, fez com que todos levantassem seus celulares e cantassem a plenos pulmões. Essa, que é uma das canções símbolo do hard dos anos 90, na verdade saiu no primeiro disco dos caras, de 1989, mas até ficar conhecida mundialmente...
Em seguida, American Metalhead, e eles param e fazem um mix (acústico) de Breakin’ Down/Quicksand Jesus/In A Darkned Room, arrancando suspiros e muitos aplausos.
Continuaram com Caught In A Dream e chegava então um dos momentos mais engraçados do show, quando ele, antes de iniciar Monkey Business, perguntou como se falava “monkey” em português. Quando todos responderam “macaco”, ele não parou mais de treinar e em todas as partes em que tinha que cantar “monkey”, trocava por “macaco” – Nick Sterling chegou até a brincar com a galera, jogando algumas bananas para o público. E antes que algum idiota comece a procurar coisas onde não tem, basta ler a letra dessa música pra saber do que se trata.
Mais músicas foram tocadas, como My Own Worst Enemy, Wishin, I Remember You (a mais açucarada da noite, cantada tão alto que quase encobria a banda) e Tunnelvision.
Pra encerrar de forma brilhante, um dos maiores clássicos do Skid Row, Youth Gone Wild, com Sebastian mostrando o nome da música tatuada em seu braço.
A banda se despediu, foi ovacionada e todos foram felizes por mais um show que ficará marcado na história de São Paulo – forte candidato a melhor de 2012!
Fonte: Rock Brigade
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