quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sem renegar Oasis, Noel Gallagher mostra em SP que foi "bom estar livre" do irmão Liam


  • O músico inglês Noel Gallagher faz show em São Paulo, no Espaço das Américas (2/5/12)
    O músico inglês Noel Gallagher faz show em São Paulo, no Espaço das Américas (2/5/12)
Noel Gallagher deixou o Oasis no passado, mas não se desvencilhou de suas criações. Já alçando voos altos em carreira solo, o guitarrista e agora cantor de sua própria banda não quer deixar para trás suas obras já consagradas, e não tem pudores para isso. "É bom estar livre", ele canta em "(It's Good) To Be Free", música que abriu seu show nesta quarta-feira (2) em São Paulo, no Espaço das Américas. A liberdade fez bem ao irmão mais velho de Liam Gallagher.
Noel parece à vontade com sua nova função no palco, à frente do High Flying Birds. A interação com o público não vai muito além dos agradecimentos, mas quando precisa se manifestar não deixa seu tão peculiar humor se esconder. "Vocês ficam aí gritando, mas eu estou pouco me f******! Querem ouvir essa música? Vão para casa e ouçam o disco! Estamos aqui arrebentando!", avisou um sorridente e cínico Noel aos que pediam em coro por "The Masterplan".
O show é, na verdade, um compilado da carreira de Noel. Estão lá quase todas as músicas de seu álbum de estreia, "Noel Gallagher's High Flying Birds", lançado em outubro do ano passado (apenas "Stop The Clocks" --gravada em 2004 pelo Oasis para o ábum "Don't Believe The Truth", mas então descartada-- ficou de fora). Junto com os lados-B "The Good Rebel" e "Freaky Teeth", que já fazem parte da turnê, Noel presenteou as cerca de 6.300 pessoas na casa com uma novidade: "Let the Lord Shine a Light on Me", lado-B do single "AKA... What a Life!". "Essa nós nunca tocamos antes, será a primeira vez", antecipou ele.
O presente, no entanto, tirou do caminho um dos hits do Oasis presente nesta turnê: "The Importance of Being Idle". Em contrapartida, Noel fez novas versões para oito de seus clássicos gravados com a antiga banda. Enquanto "Supersonic" ganhou roupagem acústica, "Talk Tonight" chegou mais roqueira. E no encerramento, com "Don't Look Back In Anger", Noel se permitiu ser o centro das atenções ao se entregar ao melhor solo do show. 
No palco, Noel é acompanhado por um guitarrista, um baixista, um baterista e um tecladista. Nenhum deles se destaca. Todos estão ali apenas para acompanhar o novo líder, sem excessos nem virtuosismos gratuitos. Sem muitas luzes nem cenários --a única referência à banda é uma imagem escrita Noel Gallagher's High Flying Birds no bumbo da bateria--, as 20 músicas da apresentação de exata 1h30 foram suficientes para conduzir, por conta própria, todo um show cercado de autobiografia. "Mas não olhe para trás com rancor", lembra Noel ao despedir-se na última música do bis.

Fonte: UOL

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Sou bancário (e isso é muito ruim, acreditem), guitarrista e vocalista da banda Raiobitz (Rio Claro-SP), colaborador do Whiplash.net e pai em horário integral. Curto rock e todas as suas vertentes desde que me entendo por gente e quero compartilhar dessa paixão.