O vocalista das bandas brasilienses Dark Avenger e Harllequin, Mário Linhares, resolveu falar sobre a desordem e o caos que foi o Metal Open Air (MOA), que “aconteceu” em abril último, em São Luiz, no Maranhão.
"Tudo começou no primeiro dia de show. O combinado era que seríamos a segunda banda do primeiro dia e o nosso horário era às 11h15.
Acordamos às 7h da manhã e fomos tomar café no hotel. No café da manhã, fui interpelado por um rapaz que se apresentou como sendo da Negri Produções e que disse que provavelmente seria ele que nos transportaria até o evento e que era para estarmos pronto logo.
Bem, às 9 horas já estávamos na recepção do hotel, prontos e com os instrumentos, esperando pela condução que nos levaria ao local do show.
O que veio a seguir foi de estranhar, pois esperamos por mais de uma hora até sermos informados que o show tinha atrasado por causa da passagem de som das bandas principais (Megadeth e Symphony X) e que a nossa apresentação atrasaria. Fomos orientados a permanecer no hotel e aguardar pela van.
Ficamos na recepção por mais QUATRO horas até que começou a chegar várias vans para levar o Shaman, Drowned e Almah.
Eu sempre perguntava: "olha, não me leve a mal, mas, se nós somos a segunda banda, por que o Almah está indo na nossa frente?", relata Linhares.
“Olha, eu sou pai de um garoto de 17 anos e ver todos aqueles garotos ali, jogados no chão, privados de condições de dignidade básicas humanas, foi de partir o coração”, conta.
Ademais, depois de muita peleja, o Dark Avenger tocou no dia seguinte, um sábado de muitos desencontros e cancelamentos de shows.
“O palco da direta estava sendo desmontado e o público vendo aquilo começava a se manifestar com palavras incisivas de cobrança [...] A todo momento, passava alguém da produção com a cabeça baixa e o olhar desolado. Já passava do meio-dia e nada indicava que os shows continuariam”, diz o vocalista, que chegou a afirmar que sua banda foi expulso do backstage, antes mesmo de tocar para o público.
Quanto ao MOA, tinha tudo para dar certo. Bem, o palco estava lá, o público estava lá, e quanto à segurança, em dois dias, ninguém invadiu o palco. Foi uma pena o terceiro dia ter sido cancelado. O público, embora tenha sofrido bastante com a falta de infraestrutura e com o não cumprimento de muita coisa prometida, estava lá. O povo queria os shows...”, pontua Mário Linhares.
Para ler a entrevista na íntegra e o comovente depoimento dos bastidores do evento apontado pelos críticos como o maior fiasco da história do Heavy Metal no Brasil, é só acessar a versão digital gratuita da revista Rock Meeting no link baixo:
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