Neil Young está sóbrio. E se mantendo assim há um ano. O músico de 66 anos justifica a mudança na maneira como leva a vida com o processo de escrever um livro de memórias,Waging Heavy Peace, que chegará às lojas norte-americanas no dia 25 e, no Reino Unido, em outubro.
Ao The New York Times, ele afirma que a decisão fez com que encarasse o mundo em uma perspectiva nova. “Fiz isso por 40 anos”, contou ele, sobre a frequência em que usava drogas e bebia. “Agora eu quero ver como é não fazê-lo”, completou.
A maconha, principalmente, era tão presente na vida de Young como o cigarro de tabaco para os fumantes. O fato de estar limpo, mesmo que já por um período de tempo longo, ainda faz com que o músico se espante com as reações do seu corpo.
“Quanto mais limpo, mais alerta eu fico, menos eu me conheço e mais difícil é me reconhecer”, filosofou o cantor.
Em entrevista à agência Reuter, Young explica que o livro não seguirá uma ordem cronológica e se aproxima mais a tipo de diário, mostrando o cotidiano presente do músico. “É mesmo um sonho de hippie”, disse Young. “Sempre gostei de escrever. Meu pai era escritor e sempre soube a respeito de autores e da escrita. Agora é a minha vez de fazer.”
A ironia toda é que Young está prestes a lançar um disco com a banda Crazy Horse de nome sugestivo: Psychedelic Pill, algo como “Pílula Psicodélica”, em português. O álbum sairá no dia 30 de outubro e possui faixas longuíssimas, de até 27 minutos, como é o caso de “Driftin’ Back”.
E 2012 permanece agitado. O documentário Neil Young Journeys, uma colaboração entre o músico e o também roqueiro e cineasta Jonathan Demme, chega no Brasil através do Festival do Rio, marcado para começar no dia 27 de outubro.
Vale também lembrar que Neil Young e Crazy Horse retomaram a parceria ainda neste ano, quando lançaram o álbum Americana, recheado de canções folclóricas norte-americanas.
Fonte: Rolling Stone