Geoff Tate concedeu entrevista à Billboard para falar sobre seu rompimento com o Queensrÿche. Confira alguns trechos.
No recente bate-papo com a Rolling Stone, você ressaltou que escreveu a maior parte do catálogo da banda.
Diria, em termos vagos, que das 144 músicas do Queensrÿche, me envolvi na composição de 114. Isso daria algo em torno de 81% do total.
Mas da maneira que está lá, você teria dito que escreveu elas completamente sozinho.
Deve ter sido alguma daquelas situações de interpretação (risos). Mas o número exato pode ser consultado legalmente.
Após a saída de Chris DeGarmo, em 1997, você disse que os outros membros não contribuíram muito no processo de criação. Apenas chegavam, tocavam e recebiam o dinheiro. Ainda assim, Michael Wilton e Scott Rockenfield fizeram projetos paralelos. Você chegou a pedir que apresentassem mais material para a banda?
Sim, com certeza. A cada novo disco eu falava “por favor, contribuam, vamos tentar desta vez”.
Durante os shows pelo Brasil você soube que o staff estava sendo demitido – incluindo a manager, que é sua esposa. Quanto tempo depois você recebeu a carta dizendo que estava demitido?
Não consigo dar uma data exata, para ser honesto. Foi algo entre uma e duas semanas depois daquilo.
Então você nunca disse que sairia?
Não. Por que faria isso?
Considerando o que aconteceu, você poderia ter desistido por conta própria.
É o trabalho da minha vida. Não poderia simplesmente me livrar dele.
Considerando que ainda há três membros originais, eles não possuem direito de continuar?
Penso que se desejam continuar tocando juntos, deveriam seguir com músicas e álbuns próprios. Seria a maneira mais honrosa, ao invés de viver do que eu fiz. Especialmente porque há uma situação legal a ser decidida sobre o nome. Seria uma forma de mostrar respeito ao que foi feito.
Você não acha que eles também entendem ter ajudado a criar o que é o Queensrÿche?
Não sei o que eles sentem. Não gostaria de interpretar isso.