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sábado, 21 de abril de 2012

Hangar: Aquiles Priester conta detalhes sobre o MOA


MiG 18 – Aquiles, os fãs do Hangar, do metal nacional e até do metal mundial ficaram pasmos com a desistência do Hangar no festival Metal Open Air, o que de fato ocorreu? O que os produtores do MOA alegaram pra banda?
Aquiles Priester – A situação não é de agora. Quando você acerta um show ou qualquer tipo de evento, junto com o contrato você acorda vários detalhes de cachê, deslocamento, equipamento e logística. O contrato nunca chegou. A comunicação com os organizadores sempre foi difícil. A confirmação de hotel chegou somente dois dias antes do evento, quando já estávamos na estrada. Começamos a solicitar o que havíamos combinado e ficamos estacionados em Fortaleza esperando pela solução. Na manhã da quinta feira, dia 19, eles entraram em contato e ofereceram apenas 35% e o restante no dia do festival. Como já era manhã do dia 19 e estávamos de ônibus, não havia tempo para chegar a São Luis para o show. De qualquer maneira, sem o combinado sendo acertado, não aceitaríamos expor a banda a uma situação arriscada de viajar tantos quilômetros e não saber como seríamos recebidos ou se seríamos pagos. Por maior que seja o nosso amor ao metal, não podemos tocar de graça. Isso é nosso trabalho e ninguém trabalha de graça!
MiG 18 - Esse cancelamento acarreta uma série de problemas logísticos pra banda. Onde vocês estão hoje, o que estava planejado e o que farão para contornar o problema?
Aquiles - Nunca tocamos sem o nosso próprio backline. Fazemos questão de ir com nosso ônibus levando toda a estrutura da banda. Uma opção que é nossa, ao contrário das outras bandas que iriam de avião e tocariam com backline local. Seriam mais de 4.000 km de São Paulo até São Luis, mas não importa, todos sabem que trabalhamos assim. Na ida para São Luís marcamos alguns workshops nas cidades de Palmares, Recife e Caruaru em Pernambuco, Picos no Piauí e Fortaleza no Ceará. Para fazermos essa viagem para tocar no M.O.A. recebemos um adiantamento de 25% do nosso cachê, que não cobriria nem metade da nossa viagem até lá. Os workshops foram um sucesso de público e podemos ver o quanto a banda cresceu no Nordeste e o quanto é importante fazer esse trabalho de divulgação em locais onde nunca uma banda de metal esteve, como em Picos e Palmares. A medida que os dias foram passando, e não havendo nenhum tipo de contato, fomos ficando preocupados e também muito atentos aos sinais que vinham do M.O.A. Se não fossem os outros eventos marcados, o prejuízo da banda seria muito maior. São esses prejuízos que desistimulam as bandas e fazem as atividades serem encerradas.
MiG 18 - Quantas pessoas estão envolvidas na equipe do Hangar, sofrendo com estes problemas junto com você, e quanto de equipamento vocês carregam?
Aquiles - Viajamos com 11 pessoas, 5 da banda e uma equipe com motorista, uma pessoa que vende nosso merchandising, o engenheiro de som e 3 roadies. Levamos cerca de 6 toneladas de equipamento com o ônibus, um total de cerca de cerca de 15 toneladas. Estamos agora todos aqui em Fortaleza, parados, pois com o cancelamento do M.O.A. temos somente um workshop dia 25 em Goiânia. Toda essa despesa será nossa. Serão três dias parados mais a volta sem o complemento do nosso cachê. No entanto, em momento algum pensamos em cancelar a nossa apresentação em Goiânia, pois nosso fãs não têm nada a ver com as falcatruas da De Negri Concerts e Lamparina Produções. Se cancelássemos, seríamos iguais a eles… O que temos de mais importante na história da banda é o nosso caráter. Não temos o rabo preso com nínguém e podemos sustentar a nossa opinião sem medo algum… Somos independentes!
MiG 18 - Como um renomado artista mundial, você procurou saber de outras bandas e artistas, tanto nacionais quanto estrangeiras, se estão passando pelos mesmos problemas?
Aquiles – Durante o mês de março eu estava em tour com o guitarrista Tony MacAlpine, porém sempre atento, sempre cobrando a organização do festival. Durante a semana falei com algumas pessoas e todas estavam com os mesmos problemas. Não compro a briga de ninguém de graça e tenho muito orgulho de termos sido a primeira banda a comunicar oficialmente que não participaríamos por falta de cumprimento de contrato. Depois da gente, todo mundo que estava na situação, resolveu abrir a boca e falar sobre essa vergonha nacional.
MiG 18 - Você considera o ocorrido um desrespeito maior com quem? As bandas nacionais, as bandas internacionais ou os fãs?
Aquiles - Você tem que realizar projetos quando está realmente preparado para aquilo. Nesse caso não havia espaço para erros. Existe uma grande chance de virarmos uma piada do metal mundial pela desorganização. Imagine o mundo todo falando sobre esse fisco no mundo metal? Tenho muita pena das pessoas que realmente trabalha a sério com isso.
MiG 18 - Vocês chegaram a cogitar o fato de tocar no festival mesmo sem as garantias contratuais como algumas bandas estão fazendo?
Aquiles - Nunca. Sair da sua casa somente para ter o nome da sua banda em um cartaz de festival aqui no Brasil não seria apropriado para o Hangar. Nós somos o tipo de banda que tenta levar o metal a todos os lugares possíveis com a nossa própria estrutura. Fizemos um workshow na cidade de Palmares em Pernambuco na última sexta feira para duas mil pessoas. Se as outras bandas querem tomar uma passagem só de ida para o festival e ficar pedindo a passagem de volta e o cache é problema deles. Você tem que valorizar o que voce faz. Não dá para dar de graça a única coisa que você faz para viver. Não podemos chegar num posto de abastecimento, dizer que amamos nossa arte e que tocamos de graça num festival em São Luís ao meio dia, e que agora precisamos que eles nos dêem combustível de graça, por que todo mundo ouve música no carro. O cara vai rir e vai dizer: cada um com os seus problemas…
MiG 18 - Você já tocou em grandes festivais na Europa e no Japão, esse fato mostra que o Brasil ainda está despreparado para eventos de grande porte para o Metal?
Aquiles - O Brasil já teve muitos festivais organizados e sérios. Não seria correto generalizar. No caso do M.O.A. parece que era uma coisa meio que anunciada. Já no início, se apropriaram de um nome que não era deles… Muita gente já estava esperando algumas confusões. Temos que torcer agora que os efeitos no mundo sejam pequenos porque a falcatrua rolou solta.
MiG 18 - O que falta para atingirmos uma excelência em produção de festivais? Apoio governamental, patrocínio, divulgação em massa ou mais profissionalismo por parte dos envolvidos?
Aquiles -- Organização, só isso. O público quer shows de metal. Só precisamos mudar a imagem do metal… Não precisamos mais do estereótipo que o cara curte metal adora estar bêbado e drogado e não pensa no seu futuro… Isso já era, é coisa do passado. Nunca quis essa imagem para minha carreira e muito menos para o Hangar. O Hangar é um case de sucesso… Nos mantemos em atividade o ano todo, cuidamos de tudo em torno da banda (merch, divulgação, prensagem de CDs, agendamento de shows e workshops, empresariamento, site, etc) e não dependemos de ninguém, a não ser dos nossos FÃS! Não aceitamos tocar de graça nem na Europa com passagens pagas. Já nos ofereceram para ser banda suporte de algumas turnês para tocar em troca de comida, transporte e venda de merch. Não vou viajar, ficar um mês fora de casa e voltar com as mãos vazias… Não dá mais para ser irracional. Precisamos arriscar até onde não arriscarmos a integridade da banda.
MiG 18 - Você ainda acredita que podemos um dia ter um grande festival de metal nos moldes do Wacken ou Sweden?
Aquiles - Com certeza. Tem gente séria e competente o suficiente para realizar eventos aqui no país.
MiG 18 - Estes problemas com o MOA mancham a imagem do Brasil com as bandas gringas?
Aquiles - Vamos esperar mais um pouco, só está começando, mas com certeza se alguma coisa não estiver de acordo, eles irão reclamar muito! Tudo pode prejudicar. O cara sempre vai pensar duas vezes antes de vir ao Brasil.
MiG 18 - Para finalizar, deixe seu recado para os internautas e fãs do Hangar.
Aquiles - Nós estamos aqui para manter a nossa música em primeiro lugar e não vamos mudar nosso pensamento por causa de um acontecimento desses… Sempre remamos contra a maré e isso só nos mostra que estamos certos… Se estivéssemos lá nesse momento, estaríamos abandonados e sem saber para quem recorrer. O prazer do show já teria passado e estaríamos em sérios problemas… Obrigado pela compreensão e pela manifestação de todos VOCÊS!

Fonte: MIG18

domingo, 11 de março de 2012

Hangar: Entrevista com Aquiles Priester



Há um bom tempo atrás se perguntasse a um fã brasileiro de música pesada quais as bandas formam o time de elite do metal nacional, a resposta era previsível e de certa forma mecânica. Poucas peças mexiam no tabuleiro e sempre passava a sensação que nada valeria atenção se não viesse daquele seleto clube. Pois o tempo passou e é certo que o mercado evoluiu junto. Inúmeras bandas ganharam vida, e principalmente, tomaram corpo para provar que dá para tirar muito caldo da prata da casa. 

Com quinze anos de estrada, seis discos de estúdio, turnês internacionais e com a aprovação dos melhores veículos de imprensa voltados à música, a Hangar é peça fundamental nas engrenagens da cena metálica brasileira, e seu líder, o baterista Aquiles Priester, não só comanda de perto cada passo da banda, como também é um dos instrumentistas responsáveis em trazer holofotes internacionais ao Brasil. 

Então ninguém melhor do que o próprio Aquiles Priester para nos falar a quanto anda sua carreira dentro e fora do Hangar; sua experiência com a banda Dream Theater e a sensação de ser eleito o quinto melhor baterista do mundo, segundo a revista Modern Drummer Readers Poll. Portanto, chega de nove horas porque a palavra é do Aquiles...

O vocalista, André leite, é o quarto vocalista a integrar a banda. Você acredita que essa rotatividade no posto se deva qual (quais) fator (s)?

Aquiles Priester: Com certeza por causa das expectativas das pessoas que entram na banda. Por mais que a gente fale que para manter uma banda de metal no Brasil a gente precisa realmente trabalhar muito duro e ficar muito tempo fora de casa, ninguém acredita, até que a pessoa comece a viver esse cotidiano. No entanto, acho que as composições do Hangar são muito fortes e significam muito para os nossos fãs. Por sorte da banda, os principais compositores não são os vocalistas. Mas com certeza todos têm extrema importância na hora de interpretar as letras e linhas melódicas que eu crio.
E os fãs, como reagem a essas trocas de cantores, visto que cada um tem sua personalidade e particular forma de se comunicar com platéia?

Aquiles: Eu sempre falo que nenhum integrante nunca foi tirado do Hangar, eles que decidem sair. Quando optamos por alguém é por que acreditamos que ele seja a pessoa certa, e muitas vezes o tempo mostra que não é. Os outros 4 integrantes (Mello, Martinez, Laguna e Eu), somos os principais compositores e estamos juntos há mais de 12 anos. Nós temos uma forte ligação de amizade e o comprometimento com a banda. Logo, os fãs precisam entender que nós vamos com um integrante até onde ele quer ir, depois disso, quando ele sai da banda, nós temos a opção de acabar com a banda ou continuar...nós sempre continuamos. 

O posto é, hoje, ocupado por, André Leite, que teve de cara a tarefa nada fácil de registrar sua voz no disco, Acoustic, But Plugged In!, já que o formato exige uma carga emocional ainda maior e pelo fato das canções terem sido registradas por outros vocalistas, sendo apenas a canção "Haunted By Your Ghosts" inédita. Como você avalia o trabalho do cantor e o quê ele pôde agregar às músicas?

Aquiles: O André reinterpretou linhas que já existiam nos nossos discos e por isso é mais fácil do que criar coisas novas. O timbre do André caiu muito bem no formato do disco acústico e ele teve muita facilidade de assimilar as variações que criei no estúdio para formatar melhor o disco acústico. A “Haunted” é um estilo de música que há muito tempo eu queria compor, mas nunca tivemos a chance por que os nossos discos sempre foram muito pesados. A música veio na hora certa e quando mostrei a ideia do refrão (que foi a primeira coisa que foi composta), a galera gostou de cara e aí o Théo Vieira veio e acrescentou os detalhes que precisávamos. É uma grande parceria da banda.

Os álbuns do Hangar sempre foram produzidos por você, Aquiles. Há co-produção de outros profissionais como Theo Vieira e Heros Trench, mas como via de regra o trabalho é sob sua direção. Já considerou deixar as produções futuras sob os cuidados de outros profissionais? Se sim, qual você cogitaria ao posto de produtor?

Aquiles: Ainda não apareceu a oportunidade. E sempre precisamos levar em conta que a produção com um nome expressivo custa muito dinheiro e às vezes o direcionamento não é aquilo que você esperava. Ainda acredito que são os olhos do dono que engordam o gado e por isso nós cuidamos de tudo no Hangar.

Vi que você foi além de produzir Acoustic, But Plugged In!, sendo o responsável pelo conceito da capa do disco – com direção de arte Vanessa Dol. As capas sempre exerceram certo fascínio para o público rock n’ roll, mas em tempos atuais onde o álbum, artigo físico, é quase feito em exclusividade para colecionadores, a responsabilidade de uma boa direção de arte é um fator depondo a favor da obra. Como você enxerga essa questão? E qual seu envolvimento com as artes visuais? 

Aquiles: Quando tenho um conceito, sempre penso que essa capa vai estar exposta no meio de um monte de outras capas com dragões, explosões, estátuas, máquinas mortíferas e todas essas coisas. Por isso sei que precisamos de algo diferente para chamar atenção. Todos os nossos discos (com exceção do Inside your Soul, que é bem METAL), têm um apelo visual muito diferente do que se vê no mundo metal e isso também se estende ao nosso site e tudo que geramos de imagem para o Hangar.

"Haunted By Your Ghosts" é a única canção inédita do novo álbum, então, mais do justo a mesma receber o vídeo clipe. O clipe é simples com foco na canção e banda, sem aquelas traquinagens cinematográficas. Há chance da gravação de um DVD em estúdio, sem platéia, a fim de capturar o mesmo clima do vídeo clipe?

Aquiles: A intenção foi exatamente essa! Mostrar que a canção era mais importante do que a imagem... Nós estamos editando o nosso primeiro DVD Acústico que foi gravado em Ijuí/RS, em dezembro do ano passado.

No ano passado foi relançado do álbum, Inside Your Soul, com faixas bônus – o disco fora originalmente lançado em 2001, via Die Hard Records. Há chance de acontecer o mesmo com primeiro álbum, Last Time? 

Aquiles: Sim, e já estamos finalizando a capa, que agora será a original mesmo, pois relançamos o Last Time como “Last Time Was Just the Beginning” com DVD e agora vamos ter mais músicas extras que o Mike tinha gravado na época das demos do disco “The Reason of your Conviction”.

Em 2010, você deu vida a sua biografia oficial: “Aquiles Polvo Priester - De Fã a Ídolo". Você poderia comentar um pouquinho sobre esse lançamento? E o que você viveu nesse ínterim que valeria um capítulo no livro?

Aquiles: É muito bom receber um feedback que a pessoa se inspirou na minha história de vida, que basicamente é a história de um garoto que queria ser baterista de uma banda de heavy metal e foi atrás e continua indo em busca dos seus sonhos. Sou um cara que conseguiu elevar o nível da bateria do heavy metal dentro e fora do Brasil, tanto em termos musicais como em termos empresariais. Sempre tive o conceito que a música engloba um pacote de coisas que são invisíveis e que não são vistas por quem consome os produtos dos artistas e é isso que cria a magia do encantamento... Tem muitas coisas que já valem outro capítulo no meu livro, mas com certeza essa entrevista ficaria interminável. Acessem o meu site e vejam a minha retrospectiva de 2011 e vejam como um ano pode parecer curto...


O Modern Drummer Festival o convidou no ano passado a ser uma das estrelas do festival. A tradicional revista Modern Drummer Readers Poll o elegeu como o 5° melhor baterista de prog metal do mundo. Qual a sensação de deixar de ser influenciado e passar a ser o influenciador?  E qual sensação de ser o primeiro baterista brasileiro de heavy metal a figurar no festival e no ranking da revista?

Aquiles: Surreal! Sempre quis participar do Modern Drummer Festival e também era um grande sonho entrar no ranking mais cobiçado do mundo pelos bateristas. Fico feliz que tenha sido em 2011, que foi um ano que realmente alcancei grande projeção fora do Brasil. Preciso dividir isso com todos os nossos fãs, que são pessoas que nos apoiam incondicionalmente todos os nossos passos. 
  
Como foi a experiência de participar da seleção para integrar um dos ícones do prog metal, o Dream Theater? A torcida por você era grande, mas deu a sensação que sua audição fora um pouco apressada, com os músicos da banda (Dream Theater) fazendo até pouco caso. Procede ou é picuinha minha com os gringos? 

Aquiles: De forma alguma. Fui extremamente bem tratado e me senti muito bem por estar entre aqueles monstros da bateria mundial. Isso é uma questão delicada, pois em todo mundo as pessoas me parabenizam por ter sido um dos 7 caras escolhidos a dedo no globo terrestre para substituir Mike Portnoy. Hoje mantenho contato com quase todos os bateristas e sou grato por fazer parte desse grupo seleto. Ano passado estive em diversos países fazendo workshops e vários fãs do Dream Theater levaram o CD/CD novo para eu autografar, e me diziam que agora eu fazia parte da família da banda. Isso foi demais, uma sensação incrível. Por outro lado, existem as pessoas que preferem somente criticar. Na verdade, não fui bem mesmo na parte onde eu precisava criar coisas novas em compassos compostos, pois realmente é uma coisa que não faz parte do meu vocabulário, mas tudo bem, isso faz parte da vida. Fui chamado para a audição pelo que eu já tocava com o Hangar, Freakeys, Angra e Vinnie Moore. Por outro lado, recentemente fui convidado pelo guitarrista Tony MacAlpine para fazer uma tour mundial e vou tocar músicas que foram gravadas pelos bateristas Virgil Donati, Marco Minnemann, Deen Castronovo, Atma Anur, Steve Smith e Mike Terrana. E fui indicado para o Tony por um membro do Dream Theater... Nada mal, não é? Se o Tony já tocou e gravou com todos esses caras, me sinto muito orgulhoso em representar o Brasil com o cara que fez história na guitarra mundial e que me influenciou com sua música. Sempre fui um grande fã dele. Todos no mundo sabem que existe o cara certo para um trabalho e com certeza eu não era o cara certo para tocar com o Dream Theater. Segundo eles, o Mike Mangini era e ele está fazendo um excelente trabalho e tem todo o seu mérito. No entanto, a vida musical de todos os outros bateristas vai muito bem, obrigado, ou seja, ninguém se matou e nem parou de tocar por não ter sido escolhido para tocar com a banda. A vida continua de uma forma ou de outra. O que posso dizer sobre a minha carreira, é que muita coisa boa aconteceu na minha carreira após a audição e tenho certeza que muitas outras coisas boas virão. Sou muito grato a isso.

É um assunto delicado e eu não quero ressuscitar defunto. Mas você mantém algum tipo de contato com os caras do Angra?

Aquiles: Nenhum contato. Quando deixamos de tocar juntos nunca mais falamos sobre nenhum assunto. Nesse meio tempo algumas vezes encontrei o Felipe e o Edu quando o Almah e o Hangar estavam tocando juntos.  

O ano está só no começo, o que podemos esperar do Hangar e Aquiles Priester?

Aquiles: Nosso DVD acústico está ficando sensacional e tenho certeza que será um produto de altíssima qualidade. Fora isso, o Hangar participará do Metal Open Air e ficamos muito felizes e orgulhosos por fazer parte do cast. Como baterista, tenho muitas coisas agendadas em termos de festivais e clínicas de bateria, mas ainda não posso divulgar, pois são datas para o segundo semestre.

Sei que você é colecionador de artigos do Iron Maiden e Coca Cola. Qual o item que você considera mais raro de ambas as coleções? 

Aquiles: Tenho um pedaço de uma baqueta do Nicko McBrain, que peguei no show da tour do disco “Fear of the Dark”, em Porto Alegre/1992. Na minha biografia eu comento tudo que aconteceu na minha vida naquele dia e realmente foi um dia muito especial. Da coca-cola, eu tenho uma garrafa que comprei em Taiwan, que reproduzia as primeiras garrafas e paguei uns 200 dólares por essa relíquia. 

Muito obrigado pela entrevista, até a próxima! 

Aquiles: Eu que agradeço. Nosso show em Volta Redonda me provou uma coisa muito importante. Vi que temos muitos fãs no Rio de Janeiro e a partir de agora, vamos ter que voltar com mais frequência para o Rio.

Quem faz o ROCK NA VEIA

Minha foto
Sou bancário (e isso é muito ruim, acreditem), guitarrista e vocalista da banda Raiobitz (Rio Claro-SP), colaborador do Whiplash.net e pai em horário integral. Curto rock e todas as suas vertentes desde que me entendo por gente e quero compartilhar dessa paixão.