Accept – Stalingrad [2012]
Nem o mais otimista dos fãs do Accept poderia imaginar que a banda acertaria tão em cheio com a entrada de Mark Tornillo. Claro que a simples mudança de um membro não seria suficiente se o material oferecido não convencesse. E Blood Of The Nations foi simplesmente o melhor disco da banda em muito tempo. Por isso, não é surpresa que Stalingrad siga a mesma fórmula básica, com resultados tão satisfatórios quanto seu antecessor. Mais uma vez a produção de Andy Sneap faz a diferença, deixando o álbum vigoroso e com um frescor atual sem descaracterizar a tradição sonora oitentista dos alemães.
A abertura com “Hung, Drawn And Quartered” já é naquele velho estilo de meter o pé na porta. Guitarras furiosas, backing vocals em coro e velocidade na medida certa para o fã. Na sequência, a faixa-título, já conhecida por ter vazado antes, outro típico hino com a marca registrada do grupo. Detalhe para a inserção do hino russo no meio da música, simplesmente fenomenal! A rifferama toma conta em “Hellfire”, música densa onde podemos notar alguns detalhes característicos das produções de Sneap. Aliás, é justamente nessa faixa que Tornillo faz uma de suas melhores emulações de Udo Dirkschneider.
Hora de empunhar a air-guitar com a fantástica “Flash To Bang Time”, aquela injeção necessária de adrenalina em todo headbanger. Simplesmente um show de sincronia e inspiração, dos grandes momentos da história do Accept. A intro de “Shadow Soldiers”, com violões e guitarras limpas prepara o ouvinte para uma cadência matadora, no melhor estilo de clássicos como “Head Over Heels”. De dar cinco nós na garganta. O crescendo em que se desenvolve “Revolution” traz um clima todo especial, como se um exército viesse marchando em direção ao ouvinte até que uma sangrenta batalha começa.
A mais curta “Against The World” traz um approach mais próximo do Hard Rock, enquanto a mais calma “Twist Of Fate” mostra Mark variando seu registro vocal com maestria. “The Quick And The Dead” resgata os momentos mais velozes com categoria (e solos matadores), enquanto “The Galley” encerra o disco lembrando algumas partes de “Teutonic Terror” e já deixando no ouvinte a vontade de apertar o play novamente. A volta do Accept pode não ser uma das mais rentáveis da história do Rock, mas em termos de criação está no topo da lista.
Nota 9,5
Mark Tornillo (vocals)
Wolf Hoffmann (guitars)
Herman Frank (guitars)
Peter Baltes (bass)
Stefan Schwarzmann (drums)
Wolf Hoffmann (guitars)
Herman Frank (guitars)
Peter Baltes (bass)
Stefan Schwarzmann (drums)
01. Hung, Drawn And Quartered
02. Stalingrad
03. Hellfire
04. Flash To Bang Time
05. Shadow Soldiers
06. Revolution
07. Against The World
08. Twist Of Fate
09. The Quick And The Dead
10. The Galley
02. Stalingrad
03. Hellfire
04. Flash To Bang Time
05. Shadow Soldiers
06. Revolution
07. Against The World
08. Twist Of Fate
09. The Quick And The Dead
10. The Galley
Fonte: Van do Halen
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