domingo, 18 de março de 2012

Post 300: Vinil: Não se engane, produto é só propaganda do digital

Este é o post 300 do Rock na Veia... trago aqui então um post especial... uma reflexão sobre a nova onda do vinil:




O que estaria de fato causando o repente ‘rebote’ dos discos de vinil? A resposta fácil é que os fãs só querem algo tangível e concreto, um símbolo físico que não seja o iTunes ou o Spotify Mas quando mais você se aprofunda no ressurgimento do vinil, mais difícil fica de separá-los do formato digital. Na verdade, o acesso incrível e a descoberta que os formatos digitais possibilitaram poderiam ser as razões pelas quais o vinil esteja vivendo esse pequeno retorno. “A música digital criou a volta do vinil que estamos vendo agora”, Jennifer Freund, presidente da empresa DoradoPKG, disse a um grupo de fãs de vinil no festival SXSW esse fim de semana. “As bandas querem ter essa conexão com os fãs, eles querem a conexão física.”
Essa indústria reclama diariamente de coisas de receita e royalties. Mas há um nível totalmente diferente de apetite na música hoje em dia, um que sangra naturalmente nos LPs. E por muitas vezes, a fagulha começa online. “Antigamente era o cara que tinha um fanzine que convencia as pessoas a ouvir discos de vinil”, disse Freund. “Agora o cara que faz propaganda do vinil tem um blog.”
Mas espere: fica ainda mais intrínseco. Porque o vinil não é somente uma expansão além do digital, mas em vários lançamentos inclui o digital – na forma de inserts com senhas para downloads. “É quase uma versão deluxe do digital,” disse Jay Millar da United Record Pressing. “É algo que a banda pode autografar.”
Mas não vamos nos empolgar – ainda. O vinil ainda é uma indústria minúscula, e no quesito produção, ainda é um jogo muito ingrato. O painel de fabricantes de vinil foi bem aberto, e ressaltou que quase todo o equipamento deles é dos anos 70 ou de antes. Não há, de modo algum, demanda que mereça o tipo de investimento do setor de atacado em equipamento novo, e sabe-se lá se isso jamais irá ocorrer. “Não há peças de reposição para essas máquinas”, admitiu Pete Lyman, dono da Infrasonic Sound Recordinng Co. “É um desafio toda vez que temos um problema.”

Matéria original: Lokaos

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Quem faz o ROCK NA VEIA

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Sou bancário (e isso é muito ruim, acreditem), guitarrista e vocalista da banda Raiobitz (Rio Claro-SP), colaborador do Whiplash.net e pai em horário integral. Curto rock e todas as suas vertentes desde que me entendo por gente e quero compartilhar dessa paixão.